Sopro de vitrines
Rosana Piccolo é uma poeta do século XXI. Inspirada por Rimbaud e Baudelaire, com seus símboloes de modernidade e sua Paris fugidia, a cidade da poeta retrata a São Paulo do século XXI, megalópole não planejada, caótica, que estende seus tentáculos para bairros de periferia longínquos e outras cidades conturbadas, marcadas pelas transformações urbanas que tiveram desdobramentos em vários campos – político, econômico, social, cultural – com grande impacto em termos subjetivos.
Habilíssima na artesania de enunciados imagéticos, a escritora, coloca-se diante de duas vertentes. Em muitos poemas, enfrenta com suas melhores armas questões prementes da vida contemporânea. Em outros, a abordagem parece mais suave, contemplativa, reverente, impermeável aos conflitos da realidade. Ao se deparar com Sopro de vitrines, o leitor terá diante de si dois polos para o rico exercício de pensar a poesia: um de deslocamento, que se propõe a refletir e a mover o mundo; outro de deleite, que se propõe a apaziguá-lo.
Vivemos o tempo das catracas, das portas giratórias, dos detentores de metais, dos raios X, das grades, dos vidros blindados, dos muros. Em seu novo livro, Rosana Piccolo se propõe a ver essa cidade através das vitrines. A vitrine, mais um tipo de barreira, é por excelência o local de exposição de mercadorias, um dos símbolos mais emblemáticos da contemporaneidade, uma vez que, na sociedade de consumo, é aquilo que determina a clivagem social, ou seja, separa aqueles que podem ter acesso aos bens daqueles que gostariam, mas estão impedidos.
Habilíssima na artesania de enunciados imagéticos, a escritora, coloca-se diante de duas vertentes. Em muitos poemas, enfrenta com suas melhores armas questões prementes da vida contemporânea. Em outros, a abordagem parece mais suave, contemplativa, reverente, impermeável aos conflitos da realidade. Ao se deparar com Sopro de vitrines, o leitor terá diante de si dois polos para o rico exercício de pensar a poesia: um de deslocamento, que se propõe a refletir e a mover o mundo; outro de deleite, que se propõe a apaziguá-lo.
Vivemos o tempo das catracas, das portas giratórias, dos detentores de metais, dos raios X, das grades, dos vidros blindados, dos muros. Em seu novo livro, Rosana Piccolo se propõe a ver essa cidade através das vitrines. A vitrine, mais um tipo de barreira, é por excelência o local de exposição de mercadorias, um dos símbolos mais emblemáticos da contemporaneidade, uma vez que, na sociedade de consumo, é aquilo que determina a clivagem social, ou seja, separa aqueles que podem ter acesso aos bens daqueles que gostariam, mas estão impedidos.
Características | |
Autor | ROSANA PICCOLO |
Biografia | Rosana Piccolo é uma poeta do século XXI. Inspirada por Rimbaud e Baudelaire, com seus símboloes de modernidade e sua Paris fugidia, a cidade da poeta retrata a São Paulo do século XXI, megalópole não planejada, caótica, que estende seus tentáculos para bairros de periferia longínquos e outras cidades conturbadas, marcadas pelas transformações urbanas que tiveram desdobramentos em vários campos – político, econômico, social, cultural – com grande impacto em termos subjetivos. Habilíssima na artesania de enunciados imagéticos, a escritora, coloca-se diante de duas vertentes. Em muitos poemas, enfrenta com suas melhores armas questões prementes da vida contemporânea. Em outros, a abordagem parece mais suave, contemplativa, reverente, impermeável aos conflitos da realidade. Ao se deparar com Sopro de vitrines, o leitor terá diante de si dois polos para o rico exercício de pensar a poesia: um de deslocamento, que se propõe a refletir e a mover o mundo; outro de deleite, que se propõe a apaziguá-lo. Vivemos o tempo das catracas, das portas giratórias, dos detentores de metais, dos raios X, das grades, dos vidros blindados, dos muros. Em seu novo livro, Rosana Piccolo se propõe a ver essa cidade através das vitrines. A vitrine, mais um tipo de barreira, é por excelência o local de exposição de mercadorias, um dos símbolos mais emblemáticos da contemporaneidade, uma vez que, na sociedade de consumo, é aquilo que determina a clivagem social, ou seja, separa aqueles que podem ter acesso aos bens daqueles que gostariam, mas estão impedidos. |
Comprimento | 18 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579390029 |
Largura | 12 |
Páginas | 80 |